domingo, 2 de setembro de 2012

Sabás e Esbás




Sabás e Esbás
Os ciclos da natureza governam o calendário pagão. As datas mais comemoradas pelo neo-paganismo são as dos oito sabás e dos treze esbás ao longo de um ano.
Os sabás são datas comemorativas que contam a história da Deusa e do Deus, e paralelamente, observam as mudanças da natureza de acordo com as estações.
O principal conceito da Roda do Ano (conjunto dos 8 sabás) é o dos ciclos infinitos
que regem a vida. O nascimento, o crescimento, a sexualidade, a maturidade, a sabedoria, a morte, são etapas da vida e da natureza, e cada uma delas é sagrada. Não temos, por exemplo, o conceito de morte triste e indesejável, pois a morte é a renovação da vida, somente uma passagem do material para o espiritual.
Assim também acontece nos esbás. Cada ciclo lunar é festejado, com a lua crescente representando a Deusa Virgem, a cheia representando a Grande Mãe e a minguante representando a Velha Sábia. Nos esbás, comemoramos o ciclo de fertilidade feminino, e as passagens da Lua.

Abaixo listarei as principais características de cada sabá.


RODA DO ANO

Yule (20 a 22 de Junho): Comemorado no solstício de inverno, onde a noite é a mais longa do ano, Yule marca o nascimento de Deus pelo útero da Deusa. É tempo de alegria e esperança. Tradicionalmente, as cores são verde e vermelha e marca
a fase de recolhimento da Terra.

Imbolc (1 de Agosto): É o sabá da Deusa Brighid, que representa os três aspectos da Deusa. O inverno está chegando ao fim, e Deus está crescendo. A Deusa está fraca pelo parto e esse período marca o seu fortalecimento como mulher.

Ostara (21 a 23 de Setembro): A Deusa recuperada, se torna Virgem e traz a primavera. Deus começa o cortejo a ela. O sol está dia a dia mais forte, mostrando a crescente virilidade do Deus. Esse sabá no equinócio de primavera, onde o dia e a noite são iguais, mostra Deus e Deusa fortes e vigorosos.


Beltane (31 de Outubro): Beltane é o casamento dos Deuses. Fogueiras são acesas para comemorar a união deles e a fertilidade da Terra. Todos fazem festas e a natureza comemora a volta das sementes.

Litha (20 a 22 de Dezembro): O dia mais longo do ano é marcado pela união sexual dos Deuses. A Deusa fica grávida e abençoa a Terra com seu filho. Também nesse dia são acesas fogueiras. Era a festa pagã mais popular da Idade Média.

Lammas (1 de Fevereiro): Este dia marca o ápice do Sol e começo do declínio de Deus. A Deusa está plena e grávida. É a festa da primeira colheita do Ano, com sementes e frutas, voltada para oferendas ao Deus.

Mabon (20 a 23 de Março): É a segunda colheita do ano. Marca também o segundo equinócio, onde dia e noite são iguais. Deus está cada vez mais fraco, e a Deusa, mais velha. Essa é uma fase de introspecção e recolhimento.

Samhain (1 de Maio): Dia dos mortos. Marca a morte do Deus e a promessa de vida nova. Nesse dia nossa comunicação com ancestrais e o submundo e entes queridos que já morreram está aberta. A Terra se recolhe, no inverno, para começar a renovação da vida.

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